Sociologia da educação

RODRIGUES, Alberto Tosi. Sociologia da educação. Rio de Janeiro: Lamparina, 2007. 6. Ed.

No capítulo II, Sociedade, Educação e Vida Moral, o autor Alberto Tosi Rodrigues (1965-2004) fala da importância da Sociologia para entender as ações individuais e coletivas dos indivíduos na sociedade, vendo se os sociólogos têm algo a nos ensinar, e fala sobretudo de um dos fundadores da sociologia – Émile Durkheim (1858-1917), que foi um dos principais teóricos da Sociologia, que preocupava definir seu objeto de estudo que são os fatos sociais e distinguiu três características ao objeto: a primeira delas é a coerção social, ou seja, a pressão que os fatos exercem sobre os indivíduos; a segunda é que o fato social é coisa, pois são exteriores aos indivíduos, independente de sua vontade de escolha; “fatos sociais são justamente aqueles modos de agir que exercem sobre o individuo uma correção exterior[...] Os fatos sociais, em suma, devem ser considerados como coisas.” (Rodrigues, 2007, p.19) e a terceira – o fato social é imperativo, pois se repete em todos os indivíduos ou pelo menos na maioria deles. Para Émile Durkheim, a educação é essencialmente o processo pelo qual aprendemos a ser membros da sociedade, ou seja, Educação é socialização, dizia que é uma ilusão acreditar que podemos educar nossos filhos como queremos, acreditando que existe um tipo adequado de educação a ser transmitida. Para Ele, a educação adequada é a educação própria ao meio moral que cada um compartilha. Você aprende a ser um membro de sua classe, de seu grupo, de sua casta, de sua profissão, enfim, de seu meio moral. Aprender a ser um engenheiro, por exemplo, para Durkheim, não é simplesmente aprender a fazer plantas ou calcular volumes de concreto. Assim como aprender a ser médico não se limita a aprender a cortar barrigas ou serra ossos. Aprender a ser médico ou engenheiro significa aprender a agir na vida como médico ou engenheiro, significa aprender, a relacionar-se com os outros a partir