Sociologia da educação
Socialização primária
A socialização primária como o próprio nome indica, é a primeira que ocorre na vida de uma criança. Ela representa para a criança o primeiro contacto com o mundo, ou seja, a primeira aprendizagem sobre as regras, as normas, os valores, os modos de fazer a até as leis da sociedade. Neste processo de aprendizagem predomina claramente os pais, os familiares ou aqueles que ocupem essa função. Desta forma essa primeira visão do mundo vai ser fortemente condicionada pelas características desses agentes de socialização. Assim, cada contexto familiar moldará as respectivas crianças aos seus valores, às suas normas ou aos modos de fazer. Devido à idade em que ocorre e pelo facto de ser a primeira experiência, a socialização primária é a mais forte. Desde logo, porque as primeiras experiências tendem a marcarem-nos de forma acentuada, por outro lado, porque a socialização primária ocorre no período de maior plasticidade das crianças. De facto, nesta primeira fase da vida a criança apresenta-se com uma enorme maleabilidade mental e com uma enorme avidez de absorver/ compreender o mundo à sua volta. Ora, as primeiras respostas, os primeiros porquês vão revestir-se de uma enorme importância para a criança. Para explicar o processamento desta fase de socialização Berger e Luckman explicam que os educadores tendem a objectivar a realidade social. Isto significa que estes mesmos educadores tendem a dar uma visão do mundo que é essencialmente estruturado, ou seja, que é estável e que não muda de um dia para o outro. É esta estabilidade que permite à criança construir expectativas sobre a vida em sociedade. Efectivamente, se as normas, os valores e as