Sociologia da Educação

Sociologia da Educação
O processo de individualização, como considera Elias, está relacionado com a contrariedade da interdependência indivíduo e sociedade, mais especificamente, com a crescente especialização dos indivíduos e das sociedades. Isso não significa que o indivíduo está traçando um caminho livre de qualquer restrição, pelo contrário, desde os primeiros anos de vida ele é condicionado pelo outro para desenvolver um grau bastante elevado de autocontrole em função das regulações sociais, que por sua vez, vão se difundindo nas sociedades humanas, e configurando grupos com comportamentos e hábitos diferenciados, portadores de certo poder dissolvido numa formação social e específica, ou seja, o indivíduo vive a tensão de dever ser como os demais ao se distinguir na vida em sociedade.
Os indivíduos são impostos socialmente aos seres humanos, ligam-se uns aos outros numa pluralidade da vida em sociedade, esta que se compõe de indivíduos com características especificamente humana, tais como capacidades de educar, ensinar, falar, brincar, jogar, competir, pensar e amar nas e pelas suas relações com as outras pessoas em sociedades. Ao relacionarem uns com os outros, ao mesmo tempo em que modelam a sociedade, modelam-se a si próprios. Elias sugere um caminho para pensarmos o indivíduo e a sociedade como realidades provida de estrutura própria no que diz respeito a termos relacionais e funcionais. Sendo assim, as estruturas psicológicas, individuais e sociais, são resultantes de um processo histórico de interdependência operante a muitos séculos, processo esse que não é planejado nem linear.
Na perspectiva de educação como contexto de individualização, temos a sociogênese que compreende a sociedade como o “nós”, pela qual é construída pelas interações entre os indivíduos, e a psicogênese como processo de individualização visando às estruturas mentais e psíquicas. A instituição escolar, entretanto, terá um papel relevante por representar uma instituição na qual