Sociologia da educação
Antes de começarmos nossa discussão do trabalho do professor, acredito ser importante definirmos o que Marx pensa sobre o trabalho. Partimos do pressuposto de que é por meio do trabalho, no sentido marxista, que realizamos transformações intencionais, planejadas, que tem como resultado um produto real e concreto que antes só existia na mente humana. MARX (1985, p. 149), argumenta que é precisamente o trabalho que diferencia os homens dos outros animais quando afirma que:
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O texto a seguir é um trecho clássico do livro O Capital de Marx quando ele define a concepção real do trabalho.
Uma aranha executa operações semelhantes as do tecelão, e a abelha envergonha mais de um arquiteto humano com a construção dos favos de sua colméia. Mas o que distingue, de antemão, o pior arquiteto da melhor abelha é que ele construiu o favo em sua cabeça, antes de construí-lo em cera. No fim do processo de trabalho obtém-se um resultado que já no início deste existiu na imaginação do trabalhador e, portanto idealmente É através do trabalho humano que as realizações objetivam e exteriorizam os sujeitos que fazem parte do mundo. Esse trabalho é atividade humana que transforma o mundo ao mesmo tempo em que transforma o sujeito. “Ao atuar, por meio deste movimento, sobre a natureza externa a ele e ao modificá-la, ele modifica, ao mesmo tempo, sua própria natureza” (Marx, 1985, p.149). É assim que o homem se reconhece em seu trabalho e se orgulha daquilo que constrói, dando-lhe significados. Aqui podemos compreender que o homem se reconhece no mundo através do seu trabalho!
Mas segundo Marx, o processo de trabalho no modo de produção capitalista impede a realização do trabalho criativo, e consequentemente, a formação do trabalhador como responsável pela construção social. Vocês podem estar se perguntando: Como e por que isso acontece? Marx deu uma resposta muito bem clara: em virtude do processo