Sociologia ambiental cap. 6
HANNIGAN, John. Sociologia ambiental. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009. p.121 a 140.
O capítulo aborda relação entre questões e problemas ambientais com a mídia, focado no jornalismo ambiental e como este pode favorecer ou não tais questões e problemas.
“Sem a cobertura da mídia, as possibilidades que um problema prévio possa entrar numa arena do discurso público ou se tornar parte do processo político, são bastante reduzidas.” (p. 121)
“Dependemos da mídia para ajudar a fazer sentido no dilúvio diário de informações sobre riscos ambientais, tecnologias e iniciativas.” (p.121)
Aborda a questão da produção de notícias, destacando a postura jornalística de selecionar ou escolher os fatos que realmente se tornariam notícias.
Hannigan aponta as rotinas e limites da cobertura jornalística e observa a inversão da notícia, que deixa de ser o fatual, aquilo que aconteceu inesperadamente, para se tornar o previsível, o esperado. Isso fica evidente quando os jornalistas se pautam por eventos marcados, documentos oficiais publicados, etc. Associado a isso, Hannigan menciona a prática dos jornalistas em consultar sempre as fontes oficiais (políticos, funcionários públicos, cientistas, etc.), que influenciam tendenciosamente no conteúdo/viés da notícia.
O texto também traz um subitem específico sobre os diferentes olhares de um mesmo fato. Ao citar um exemplo ocorrido em Liverpool fica claro como cada veículo de mídia vai emoldurar o relato daquele fato sob um viés diferente.
Hannigan também traz uma breve evolução da cobertura de mídia sobre os problemas ambientais, apontando os momentos em que temas como conservação eram tratados sem o conceito ambiental de que tudo está interligado. A partir do final da década de 60 e início de 70 isso mudou e segundo Hannigan vários eventos foram responsáveis por tal mudança, entre eles a famosa foto da NASA da Terra vista do espaço. O texto também aponta uma nova mudança a partir de meados da década de 80 para os