sociolinguistica
Fábio Gonçalves de Oliveira Torres¹
Calvet, Louis-Jean – Sociolinguística: uma introdução crítica/ Louis-Jean Calvet; tradução Marcos Marcionilo. – São Paulo: Parábola Editorial, 2002, 160p.,18cm.
Esta resenha destina-se a apresentar as ideias contidas nas partes de apresentação, introdução e capítulo I do Livro: Sociolinguística – uma introdução crítica, do autor Louis-Jean Calvet. A apresentação do livro é feita pelo professor, linguista e escritor brasileiro Marcos Bagno, nela Bagno questiona a situação - para ele injustificável - da falta de livros que abordem conteúdos sobre Sociolinguística no Brasil, mesmo já existindo no País um período considerável de estudo sobre o assunto. O professor destaca ainda a importância da publicação do livro de Calvet, apontando aspectos do autor na luta contra atitudes discriminatórias baseadas na língua como instrumento de dominação e exclusão. Para Bagno, Calvet busca a inserção do social no estudo da linguística. Louis-Jean Calvet na introdução de seu livro expõem as ideias de Saussure sobre a forma objetiva de se estudar a língua, que descartava tudo que não fizesse parte de sua estrutura, incluindo o social, por este motivo, alguns estudiosos dividiram-se quanto à forma de estudar a língua. Porém, Willian Labov viria futuramente a sanar os desentendimentos afirmando que a Linguística é a Sociolinguística.
No primeiro capítulo Calvet apresenta a origem do conflito entre Linguística e Sociolinguística por meio das ideias de Saussure e Meillet. Enquanto Meillet era adepto aos conceitos de Durkhein sobre fato social e considerava a língua como um fato social, Saussure tinha uma visão mais objetiva: a língua em si mesma e por si mesma era considerada o único objeto de estudo da linguística. Enquanto Saussure tentava separar alguns aspectos para seu estudo, Meillet queria uni-los, surgem então, na Linguística Moderna dois discursos: um sobre a forma e outro sobre as funções sociais da língua.
Calvet cita