Sociolinguistica

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
INSTITUTO DE LETRAS E LINGÜÍSTICA
CURSO DE LETRAS
Professor: Lucas Khalil

Sociolinguística
“Diferença não é deficiência”
A sociolinguística é uma ciência que estuda a língua em seu contexto social e cultural de uso; ao contrário dos estruturalistas que estudam a língua enquanto um sistema homogêneo, restringindo e baseando o estudo da “langue” a pequenos grupos ou até mesmo á suas experiências linguísticas apesar de Saussure reconhecer a importância da natureza etnológica, histórica e política da língua.
O aspecto social da língua começou a ser estudado nos anos 50, más só ganhou espaço nos anos 60 com o trabalho do linguista William Labov que se interessou pelos efeitos da sociedade sobre a língua, vendo as diferenças linguísticas como algo a ser explicado e não ignorado.
Labov identificou uma falha no estudo da língua como um sistema autônomo, voltado para o organismo linguístico interno, pois a língua se constitui no seu uso “parole” como um sistema heterogêneo, sendo institucionalizada pelos usuários e sofrendo modificações de acordo com aspectos históricos, geográficos, sociais e culturais. Não há como uniformizar a língua pois esta sofre diversas influências em sua constituição e estrutura de acordo com a necessidade do falante.
Ao estudar a comunidade linguística verifica-se as diversidades caracterizadas pelos diferentes modos de falar, que vai desde o uso de vocabulários diferentes e característicos de uma região até a pronúncia de uma palavra. Esse conjunto de variedades é chamado repertório verbal e caracteriza um dos desafios da sociolinguística que é o de processar, analisar e sistematizar o universo aparentemente anárquico da língua na sua modalidade oral e gestual.
Para realizar suas pesquisas Labov ia em ambientes com uma grande quantidade de pessoas em situações corriqueiras e informais com um gravador escondido no bolso e gravava as conversas e analisava o grau de formalidade e de