Sociedade e natureza

Sociedade e Natureza

A sociedade é impossível sem a natureza, pois supõe a natureza como algo prévio, que lhe é anterior. Os dados proporcionados pela ciência contemporânea possibilitam sustentar, com sólidos argumentos, que a aparição dos primeiros grupos humanos deve-se a transformações fundamentais ocorridas entre espécies animais.
Segundo o autor do texto ‘’ Sociedade e Natureza’’, o tema identifica e defende leis que sustentam argumentos em que a sociedade depende inteiramente da existência da natureza, sendo inviável a sua existência, sem que pudesse dispor de recursos e mantimentos naturais, transformados pelo homem para que a reprodução de sua espécie possa dar continuidade.
Ele também observa que, se por um lado a sociedade não sobrevive sem a natureza, o inverso não é verdadeiro. A sociedade pode muito bem em função de uma possível auto destruição, regredir a sua mera existência natural, enquanto que, a natureza, já experimentou longuíssimo curso antes da aparição dos grupos humanos, podendo mesmo que afetada, manter-se sem a sociedade.
O tema é verdadeiramente reflexivo e preocupante, dada a vasta exploração e destruição que a natureza vem sofrendo ao longo dos tempos, sendo esta, tão fundamental e única na contribuição da existência social, como sugere o próprio autor, onde coloca de forma sucinta quando observa que, a sociedade depende da natureza, porém a mesma pode recuperar-se e manter-se sem a sociedade.
Fica bem claro no texto, que a natureza é base indispensável à vida social, porém, este pretexto não pode sugerir que vida orgânica, inorgânica (que não se reproduz) e social sigam um continuo, sugerindo uma identidade única.
Realmente é impossível imaginar sociedade e natureza numa só identidade, visto que, a natureza sem a qual não vivemos, possui diferenças físicas e qualitativas bem distintas e próprias de cada espécie, estabelecendo desta forma uma relação não apenas de pura continuidade, mas também de muitas descontinuidades quando