Sociedade sem regras
A princípio, uma sociedade sem regras para estabelecer parâmetros morais e moldar o pensamento e as ações dos indivíduos se resumiria ao caos. O mundo, em um todo, é regido pela “lei do mais forte”. Numa situação em que a coexistência não fosse estruturada de maneira harmoniosa, que previsse um método de se fazer justiça, o mais igualitária possível, e de se aplicar punições, uma “sociedade” jamais poderia ser instaurada.
Não cabe chamar de “sociedade” aquela que não possua leis. Uma constante sobreposição de vontades aconteceria; cada qual estipularia suas próprias leis e concepções de moral, de certo/errado. No entanto, essa ideia de lei como se conhece hoje – um punhado de papel constitucional – é de certa forma relativo. Tenha-se como exemplo as sociedades de animais “irracionais”. Eles não são capazes de discutir e argumentar ações para então julga-las, da maneira como estamos acostumados. Contudo, são capazes de se organizar em sociedade.
Por isso, um mundo onde não existam regras estará fadado a ruir, no sentido de que, em um determinado momento, um consenso surja, e que limites sejam impostos, seja pelo mais forte – uma ditadura – ou através de