Sociedade moderna do capitalismo
“Capitalismo Tardio e Sociabilidade Moderna” traça um panorama histórico sobre o século XX no Brasil, abordando aspectos políticos, econômicos, sociais e culturais para propor uma reflexão crítica sobre como o nosso país se inseriu na contemporaneidade. E como as consequências da implementação tardia de políticas de desenvolvimento, que estimulam a concentração de renda, agem sobre a realidade atual.
A urbanização acelerada, percebida entre os anos de 1945 à 1964 foi decisiva para a consolidação de novos padrões de consumo. A industrialização teve impacto direto na rotina do brasileiro, e fez com que novos parâmetros de consumo e modos de vida fossem implementados. O texto se mostra bastante detalhista na descrição de novos produtos e hábitos que passam a fazer parte da rotina de parte da população. Mudanças na moda, na música, e novos hábitos que foram sendo consolidado, como o de “comer fora” são citados no texto para exemplificar como determinados setores de nossa sociedade se inseriram na modernidade.
Entretanto, nem toda a sociedade brasileira se beneficiou da crescente modernização dos modos de vida e da permanente transformação nos hábitos de consumo. Com a rapidez da industrialização, rapidamente novas forças de trabalho foram requisitadas para a aceleração do processo. Com isso, os movimentos migratórios do campo para os centros urbanos se tornaram a forma da até então maioria da população inserir-se nesse modelo contemporâneo.
Contudo, rapidamente os migrantes, negros e demais pessoas que construíram os setores de baixa renda em nossa sociedade tornaram-se estigmatizados por oportunidades de emprego de mão de obra pouco qualificada. O fato da economia brasileira ter se industrializado tardiamente é fator crucial para a explicação desse fenômeno, além de carregarmos o recorde histórico de regime escravagista em todo o mundo, que não deu à população negra nenhum subsídio para que se