Sociedade dos poetas mortos e o conceito de inteligencias multiplas
A insatisfação de Gardner com a noção de QI e com a visão unitária de inteligência levou-o a redefinir inteligência, considerando talento e criatividade. Ele sugere que existem sete faculdades humanas ou inteligências, que são independentes umas das outras, mas sempre se apresentam em conjunto. As sete inteligências são: lingüística, lógica-matemática, musical, espacial, cinestésica, interpessoal e intrapessoal.
Ele afirma ainda que todo ser humano tem potencial para desenvolver as sete, porem por motivos genéticos ou ambientais, os indivíduos diferem enormemente entre si quanto a seus perfis intelectuais. No filme A sociedade dos poetas mortos, é possível observar a influencia de um professor que valoriza a crítica do saber e a autonomia dos alunos em uma escola tradicional e rígida. O professor tenta demover seus alunos da passividade criada pelo sistema de autoritarismo, que não permite que eles reflitam sobre suas vidas e seus desejos. Ele os instiga com reflexões sobre o papel de cada um em sua existência, sobre a fragilidade da vida, sobre a temporalidade. Em suas aulas, portanto, valorizam as características de todos os alunos e lhes revela algumas habilidades que ainda não haviam sido exploradas. É possível relacionar o filme com o sistema de educação atual, que mantém uma visão limitada de conhecimento e inteligência, onde os conteúdos apreendidos na memória ditam a inteligência do sujeito. Atualmente, cada vez mais o mercado de trabalho exige mais competências de seus candidatos, habilidades sociais, ética, etc. E isso só é desenvolvido a partir de estimulação. Se desde o ensino fundamental, as crianças forem incentivadas a considerar seus talentos, suas habilidades e a explorar todas as suas potencialidades, as crianças se tornariam sujeitos mais completos. Se a inteligência musical fosse tão valorizada socialmente quanto a inteligência lógica-matemática, as pessoas teriam maior possibilidade