Sociedade Do Espet Culo
A Sociedade do Espetáculo é o trabalho mais conhecido de Guy Debord. Em termos gerais, as teorias de Debord atribuem a debilidade espiritual, tanto das esferas públicas quanto da privada, a forças econômicas que dominaram a Europa após a modernização decorrente do final da segunda grande guerra.
Ele faz a crítica, como duas faces da mesma problemática, tanto ao espetáculo de mercado do ocidente capitalista (o espetacular difuso) quanto o espetáculo de estado do bloco socialista (o espetacular concentrado).
A pesquisa desenvolvida por ele está fundamentada nos trabalhos de Karl Marx. Para conceber o atual estado do desenvolvimento capitalista Debord se utiliza da noção de valor, conceituada por Marx no primeiro capítulo do livro O Capital. Neste sentido o valor (que é diferente do preço) surge no mercado como elemento de representação do trabalho socialmente necessário para a produção da mercadoria. Tal característica da mercadoria não se apresenta na forma material, mas no ato de equiparação entre duas mercadorias.
Comentário do fragmento desenvolvido em sala
O objetivo deste trabalho é o de análise sobre as situações de crise empresariais e pessoais, e como esses eventos podem acabar transformados em espetáculo pela mídia. Ao cumprir seu papel de informar, os veículos de comunicação levam os eventos à condição de mimeses da realidade, transformando-os em fator de entretenimento.
Trata de questões que se tornaram relevantes a partir da década de 70 e que levam a reflexão não só sobre o poder da mídia, mas da necessidade do grande público de sair da rotina do dia a dia, e fazer uma catarse, a partir de eventos que tenham a capacidade de expor pessoas e organizações ao julgamento público.