Sociedade de ordens e reforma

Introdução

Este trabalho tem como temas: 1) “A Sociedade das Ordens de um Estado Clássico”, estratificação social dominante entre o séc. XIV e XVII e sua organização dentro do Estado Clássico; 2) a Reforma religiosa do séc. XVI, movimento que rompeu a unidade do Cristianismo, centrado na Igreja Romana, e permitiu o surgimento de novas doutrinas religiosas, de cariz cristão (a Protestante) que enfraqueceram o poder da Igreja dentro do Estado; 3) a Contra-Reforma religiosa protagonizada pela Igreja Romana em reação ao avanço da doutrina Protestante pela Europa.

O período Histórico dos temas tratados é a Idade Moderna, situada cronologicamente entre 1453 e 1789, época caracterizada pelo Renascimento Cultural do séc. XV e Séc. XVI que retomou o interesse pela cultura da Antiguidade (Grega e Romana), pela expansão Marítima da Europa dos séc. XV e XVI (que permitiu á burguesia, através do comercio, ganhar importância a nível social e económico), por novas teorias e práticas económicas (Mercantilismo/Capitalismo), por um crescimento demográfico acentuado e mobilidade populacional entre campo-cidade no séc. XVI, e a nível religioso por uma maior preocupação com as questões espirituais, centradas na Morte e no Juízo Final. A nível politico, a Idade Moderna caracteriza-se pelo Absolutismo Régio na Europa a partir da segunda metade do século XV e pela afirmação do Estado face á Igreja.

➢ Tema 1: “A Sociedade das Ordens de um Estado Clássico”

“ A sociedade das Ordens” difere na substância da sociedade de classes, em primeiro lugar, pelo facto do peso económico ou de grandeza de rendimentos, não colocar o indivíduo na hierarquia social em lugar equivalente ao seu poder económico.

De facto, na estratificação social das Sociedades de Ordens, a hierarquia vertical atribuída aos grupos sociais, é dada pela honra e dignidade das funções sociais desempenhadas e pelo nascimento (hereditário no caso da Nobreza e do Povo).

Esta sociedade das Ordens dividia-se três