Sociedade de consumo
Com a frequente transformação do mercado de consumo, Zygmunt Bauman usa como exemplo no início de sua explicitação “Um manual de moda influente, muito lido e respeitado, editado para a temporada outono-inverno por um jornal prestigioso” que disponibiliza “meia duzia de visuais chave para os proximos meses, que vão colocar você à frente da tendência de estilo.”
Na sociedade de consumo, “estar a frente” significa estar dentro de um espaço onde a aprovação é delimitada pela segurança de obter a marca desejada, onde se tem realmente, segundo o autor, o verdadeiro sentimento de pertença, mesmo que dentro de um período limitado. Podemos dizer então, que o desejo de consumo criado pelo “manual de moda influente” foi minuciosamente caracterizado pelos tipos de experiencias que a vida de consumo carece.
O “estar a frente”, transmite um alto valor dentro da sociedade passada pelo autor como uma sociedade onde as pessoas são a mercadoria, fazendo que assim seja gerado também demandas, onde tais demandas são exemplificadas pela inclusão e aprovação do sujeito. Eventuais demandas passam pela aquisição e “anúncio públco” da marca onde tal exibição é considerado entao como o “sentimento de pertença”. Assim sendo, e por sua vez tendo um período limitado de exibição, o “estar a frente” gera uma determinada preocupação com fim do “período de circulação”, dando ao sujeito desatento ao mercado a chance de ficarem à margem, ou como traduz o autor, de sentimento de rejeição e exclusão e abandono do sujeito. Essa preocupação é utilizada pelo autor como uma crescente mobilização de pessoas que são impulsionadas pelos bens de outras