Sociedade comsumista
A ordem do dia é comprar cada vez mais, comprar sem travão, comprar até esgotar os proventos, comprar a crédito, comprar tudo o que se mete pelos olhos dentro, nem sempre o que é necessário, e muitas vezes o que é desnecessário.
São os próprios que compram que se iludem, que criam as suas próprias falsas necessidades, numa sociedade que pretende ter o máximo, seja do que for, especialmente ter cada vez mais que o vizinho do lado, ainda que outros vizinhos menos afortunados vegetem na miséria mais incrível. A esses que muitas vezes a infelicidade ou as vicissitudes da vida só trouxeram desgraças ou não conseguem sair do atolamento onde se encontram dirão, calma e displicentemente, que trabalhem, que façam por ganhar mais, que aguentem, que tenham paciência…
A sociedade sabe ser cruel, em Portugal e no Mundo inteiro. Se passarmos do panorama individual ou nacional para o internacional, compreenderemos melhor essa crueldade, comparando o PIB de alguns países, com valores máximos de quase 100,000 dólares per capita, com o de outros, rondando os míseros 400!!! É como se estes povos infelizes sobrevivessem (ou não) com os restos que outros deitam fora…
Acabei de ler que, só nos Estados Unidos da América, 426.000 celulares são atirados para o lixo, diariamente, a maioria dos quais em perfeito estado de conservação e ainda em uso. Essa aberração apenas é devida ao anacrônico consumismo das gentes, na ânsia de ter o melhor, de possuir o que o vizinho ainda não conseguiu obter, e não fruto de qualquer necessidade urgente.
O consumismo tem origens emocionais, sociais, financeiras e psicológicas que