Sociedade Adornada
ADORNO, Theodor W. A Industria Cultural. In: COHN, G. Comunicação e Industria Cultural. São Paulo: T. A. Queiroz, 1987, p. 287-295.
A resenha a seguir falará sobre o texto “A Industria Cultural” de T. Adorno. ‘Industria Cultural’ que é um termo criado pelo próprio Adorno com a intenção de destacar a arte e a cultura sendo replicada em larga escala na sociedade contemporânea e que, segundo o autor, afeta muito na autonomia dos indivíduos. O texto corrente possui 9 parágrafos extensos e uma nota de rodapé mostrando dados do texto original (já que se trata de uma tradução para o português) totalizando 9 páginas. É utilizado por Gabriel Cohn como capítulo de seu livro “Comunicação e Industria Cultural”. Em “A Industria Cultural” Adorno aponta um fenômeno onde o Capitalismo passa a permear a cultura e as artes. A Industria Cultural nada mais é do que uma replicação desses dois aspectos oriundos da autenticidade do ser humano. Porém, perdem sua autenticidade e sentido se consumidos e utilizados por um grande contingente de pessoas (com imaginários, vontades e experiências diferentes), sendo assim, o homem perde sua condição humana e se torna apenas um instrumento de trabalho e consumo, isto é, o que ele cria ele consome, mas tem que trabalhar para poder consumir. A Industria Cultural proporciona ao homem necessidades, não as necessidades básicas (casa, comida, etc) mas necessidades de consumir incessantemente pois vários tipos de cultura, artes, várias ideias diferentes são colocadas como produto. É a lógica capitalista sendo empregada e explorando os bens culturais. Essa lógica capitalista cria um forte pessimismo no autor que se utiliza de argumentos como perda da autonomia, independência e consciência do individuo para justificar seu pessimismo. Essa perda se dá, pois a lógica capitalista diz apenas para se comprar um produto e não se pensar nesse produto (como foi criado, por que foi criado, as inspirações de