Salvador 2014 Uma das principais características do capitalismo e da sociedade de classes é a desigualdade entre os sexos. Na vida econômica, cultural, política e intelectual, os homens são os amos, enquanto as mulheres cumprem um papel de subordinadas e inclusive de submissas. Só muito recentemente a mulher começou a sair da cozinha e dos quartos das crianças para protestar contra o monopólio do homem. Desde então a participação das mulheres no mercado de trabalho cresce a cada instante. Mas a desigualdade inicial permanece. Afirma-se que a natureza condenou o sexo feminino a uma posição inferior. Mas na verdade não foi à natureza, e sim a sociedade quem roubou da mulher seu direito de participar nas tarefas mais altas da sociedade, exaltando somente suas funções animais de maternidade. E este roubo foi perpetuado mediante urna dupla mistificação. Por um lado, a maternidade se apresenta como uma aflição biológica. Por outro, esse materialismo vulgar se apresenta como algo sagrado. Para consolar as mulheres como cidadãs de segunda classe, as mães são santificadas, adornadas com uma auréola e dotadas de “intuições” especiais, sensações e percepções que vão além da compreensão masculina. Santificação e degradação são simplesmente dois aspectos da exploração social da mulher na sociedade de classes. Tratando-se do mercado de logística existia uma ideia preconceituosa criada pelo mundo masculino em relação à mulher neste setor. Para o “mundo feminino” não é nada excepcional, considerando a sua capacidade em desenvolver esta atividade, pois afinal de conta “operações logísticas” já estão intrínsecas nas mulheres ao desenvolver as suas tarefas domésticas, como: transportar, distribuir a cesta da semana, armazenar as compras, controlar os gastos entre outras. O mercado de trabalho das mulheres vem crescendo em grandes proporções nas organizações, esta é uma realidade pós-guerra mundial e da criação de leis que beneficiaram mais as mulheres. Há estáticas que