socialismo
Os anos 60 representam o auge do poderio soviético e comunista, criando um mundo firmemente fechado às novidades e mantido coeso por uma enorme máquina de propaganda de sucesso, por um controlo total das notícias e por um sistema repressivo com uma polícia secreta que mantinha milhares de fichas pessoais com informações dadas por uma enorme rede de delatores, escutas telefónicas e câmaras em quartos de hotel. Os informadores eram inclusivamente treinados para detetar os sinais de perigo e contágio do capitalismo nas pessoas e as prisões da polícia secreta recebiam constantemente novos hóspedes. A maioria das pessoas vivia numa ilusão massiva de fazer parte da nação mais poderosa do mundo, onde a qualidade de vida supera a dos países corrompidos pelo capitalismo. Algumas passagens do filme "Oliver" eram inclusivamente usadas para ilustrar como se vivia no Ocidente. Contudo, os bens de consumo escasseavam e cada pessoa, em média, passava 5 horas diárias em filas para comprar pão, carne, peixe e outros produtos básicos. A lista de espera por uma casa atingia os 15 anos, mas por muito tempo manteve-se a ilusão de que o socialismo estava a criar um mundo melhor.
Contudo, nos anos 70 sentem-se os primeiros sintomas de mudança. As rádios de Leste começam a captar música e programas ocidentais, que apesar de serem transmitidos numa língua estranha, expressam uma liberdade e uma dinâmica novas. A "cortina de ferro" já não é suficiente para proteger a Europa comunista das