Social
Na área da administração, diversos autores têm discutido o conflito e suas implicações para as organizações (e.g. Davel e Vergara, 2001; Chiavenato, 2000; Minicucci, 2001). O conflito é definido como a existência, real ou suposta, de opiniões, comportamentos ou interesses antagônicos que podem entrar em choque. Indica a existência de forças vitais e dinâmicas que se chocam. A sua ausência é considerada como o resultado momentâneo de acomodação, apatia e estagnação (Chiavenato, 2002). O conflito construtivo estimula a negociação e a transformação. Em sua forma destrutiva, provoca desgaste nos relacionamentos.
Conflitos nos relacionamentos podem ser desencadeados pelo confronto de tendências divergentes, como entre a necessidade de autonomia e a de conexão com outras pessoas, entre o desejo de auto-exposição e o de privacidade, ou entre a expectativa de previsibilidade e a busca de novidade. Nas organizações, os conflitos afetam o bem-estar e a satisfação dos participantes.
Uma das principais fontes de conflito nas organizações reside nas inovações dos métodos e processos de trabalho que atingem "sempre, mais ou menos profundamente, as estruturas sociais, ( ... ) as normas e as regras" (Alter, 2001, apudDavel e Vergara 2001: 63). Como reação à inovação, surge a resistência à mudança, desencadeando um conflito entre os responsáveis pela novidade e os defensores da ordem estabelecida, ou entre posicionamentos diversos diante da mudança. A adequação da percepção do outro, a confiança, índices elevados de compromisso, auto-exposição e intimidade, além da qualidade da comunicação, são elementos facilitadores para a negociação do conflito. Neste caso, o conflito pode ter conseqüências construtivas, com o fortalecimento da confiança. O