A pobreza existe desde os primórdios da história do homem, mesmo em proporções diferentes, pois desde a antiguidade já se observava também as diferenças de classe, tanto financeira quanto socialmente. Na transição do século XIX para o XX ainda tentavam justificar a pobreza, alegando que os hábitos imorais e o comportamento desmazelado eram os motivos que ocasionavam a pobreza aos que não possuíam prestígio financeiro, assim, a classe empresarial se negava a acatar qualquer tipo de reclamação por parte dos trabalhadores. Mas nas primeiras décadas do século XX ocorreu a expansão organizativa da classe trabalhadora, ocasionando uma maior eficácia nos atos reivindicatórios, principalmente, pelos transtornos políticos e econômicos que causavam as greves constantes junto à outros elementos. Foi através de uma conjuntura de lutas por direitos por parte dos trabalhadores, que o empresariado resolveu assumir uma nova posição referente a questão social, ajustando o método de proteção social, principalmente, o sistema previdenciário CITAÇÃO: “ A posição social dominante dos empresários brasileiros e sua natureza individualista e competitiva não os eximiu, ao longo da história, de assumir atitudes que podem expressar uma postura socialmente solidária, mostrando como o reconhecimento de certos elos de solidariedade não é estranho a seus interesses”. CAPPELLIN.ET.COLS.(2002:262) Foi em 1912 que o industrial Jorge Street, através da criação da vila Maria Zélia, oferecendo moradia, igreja, creches e escolas para os trabalhadores e suas famílias, incorporava valores burgueses na rotina dos trabalhadores e ao mesmo tempo estimulava um desempenho maior na execução do serviço. Esse exemplo de Jorge Street faz alusão a popular e coexistente responsabilidade social empresarial, e nos faz chegar a conclusão que o empresariado pode desenvolver a responsabilidade social sob diversos aspectos, mas o objetivo principal que é manter o controle sobre a classe trabalhadora,