social
A política americana exerceu fascínio imediato sobre Tocqueville, em especial a participação das pessoas comuns no processo político. De volta à França e com base em seus escritos, lança em 1835 o volume um do livro Da Democracia na América. Livro que visa abordar os EUA dos anos 30 do século XIX, suas virtudes e seus defeitos. Utilizando-a como exemplo para a recém-formada II República Francesa.
Tocqueville foi um pensador extremamente precoce. Oriundo de uma família da antiguíssima nobreza normanda, nasceu em Paris em 1805 e com apenas 26 anos empreendeu a viagem que foi o marco intelectual de sua teoria política.
No primeiro volume de A Democracia na América, o autor trata das leis e costumes. E deixa claro que para ele não cabe à República Francesa copiar a República norte-americana, pelo contrário, “a República Francesa deve ser diferente, mas os princípios de ordem, de ponderação dos poderes, da liberdade verdadeira, de respeito sincero e profundo ao direito são indispensáveis a todas as Repúblicas”. Ou seja, a França deveria aprender com os Estados Unidos, mas construir sua própria democracia.
Logo no prefácio de seu livro, Tocqueville deixa claro o que lhe deixou mais encantado sobre a sociedade norte-americana: a igualdade de condições. Diferente da França pré-revolucionária, onde os homens eram determinados a viver conforme a origem de seu nascimento, os EUA apresentavam um estímulo ao desenvolvimento pessoal e consequentemente a própria democracia.
Segundo ele, esta igualdade de condições