onze homens e um segredo
Em vez de fazer com que o público se sinta parte de uma conspiração inteligente para realizar um roubo audaz, Soderbergh e cia. conspiram para iludir os espectadores com truques de prestidigitação ou indução ao erro.
Por mais que se possa curtir esses truques, o fato é que Doze Homens provoca interesse mais intelectual do que emocional.
Sejam quais forem suas falhas, porém, a presença de Catherine Zeta-Jones e do astro europeu Vincent Cassel, somada ao elenco de primeira linha do filme anterior - George Clooney, Brad Pitt, Matt Damon, Don Cheadle e Julia Roberts -, deve garantir bilheteria poderosa para Doze Homens em todo o mundo.
A história surgiu a partir do desejo de Soderbergh de reunir o elenco de Onze Homens novamente, para uma sequência ambientada na Europa, e da descoberta de um roteiro de Nolfi sobre a disputa entre dois ladrões famosos, um americano e o outro europeu.
Juntos, Soderbergh e Nolfi reformularam a história para abranger um grande elenco de personagens que inclui Isabel Lahiri (Zeta-Jones), uma bela agente da Europol, e François Toulour (Cassel), um rico playboy francês que rouba por diversão.
A história tem mais deslocamentos temporais do que A Máquina do Tempo, de H.G. Wells, e vai e volta no tempo, deixando grandes brechas que obrigam o espectador a tentar adivinhar o que está acontecendo realmente.
Basicamente, o que acontece é o seguinte: três anos depois de a turma liderada por Danny Ocean (George Clooney) ter assaltado o cassino de Terry Benedict (Andy Garcia) em Las Vegas e de Ocean ter reconquistado sua ex-mulher, Tess (Julia Roberts), alguém os delata a Benedict, que os rastreia e localiza, um a um. Ele quer seus US$ 160 milhões de volta, e com juros.
A quadrilha rapidamente se reúne, cada um saindo de seu respectivo esconderijo, e resolve fugir para a Europa para fazer assaltos