Sociais
Para Arendt, a evolução da sociedade, a assimilação da ação pelo social privado, o uniformismo das atividades humanas e o consequente conformismo demonstram bem até que ponto se perdeu a distinção entre a polis da esfera pública e privada. A sociedade atual representa a extensão da esfera privada doméstica ao espaço público da política. Este aspecto central é visível a partir da modernidade verificando-se a assimilação da igualdade, em outros tempos circunscrito ao espaço político, pela esfera privada. A esfera social, é apontada por Hannah Arendt como alheia à dicotomia existente na relação entre o público e o privado, sendo um fenômeno da era moderna, fundando na cidade-estado, sua formatação política.
A igualdade moderna e contemporânea rejeita a ação e o discurso constituintes da comunidade política, valorizando o conformismo e uniformização do comportamento. Consequentemente, o homem reduz-se a um produto quantitativo condicionado, isto é, o objeto primordial das análises das ciências sociais.
A esfera privada, da casa, da família e daquilo que é próprio ao homem. Baseia-se em relações de parentesco como a irmandade e a amizade. Trata-se de um reino de violência em que só o chefe da família exercia o poder sobre os seus subordinados (a sua mulher, filhos e escravos). Não existia qualquer discussão livre e racional. Os homens viviam juntos subordinados por necessidades e carências biológicas. A necessidade motivava toda a atividade no lar, o chefe da família proporcionava os alimentos e a segurança face a ameaças internas, como por exemplo: (revoltas de escravos) e externas (outros senhores que quisessem