Sobre a morte
Interpretação da música “Gostava tanto de você”
Análise da canção “Gostava tanto de você – Tim Maia”
Inicialmente, a morte, junto com a vida, caminhavam unidas. A primeira era apenas uma conseqüência da segunda, um fato inevitável e já esperado pelas populações. Entretanto, a forma com que a transição da vida para a morte é interpretada, cabe às religiões e aos costumes de cada sociedade. Em consonância com tal fato, na cultura ocidental, por exemplo, a idéia de morte vem acompanhada de grande pesar, medo e angústias; aspectos estes que muitas vezes dificultam encará-la como um processo natural da condição humana. Os avanços tecnológicos na medicina são fatores que causam alterações na fluidez do processo de transição; há, inevitavelmente, a busca por uma vida longa, retardando a morte – que agora é encarada como a tragédia da existência humana. Bem como os avanços tecnológicos, a busca por explicações em diversos âmbitos dificulta também tal processo. Conclui-se, portanto, que não mais a morte é natural, mas sim, uma mácula que deve ser evitada. Por essas e outras interpretações, avançaram-se os estudos na área da psicologia em se tratando das múltiplas interpretações e desdobramentos do luto para quem está prestes a partir e para quem está prestes a viver sem o indivíduo que está partindo. Esse período de consternação e reclusa é claramente dividido em cinco fases, as quais denotam as características e peculiaridades dos envolvidos. A primeira fase é denominada “fase da negação”, que consiste em uma defesa necessária ao equilíbrio. A segunda é a “fase da raiva”, em que há uma revolta do envolvido por ter sido escolhido e a busca por um culpado por sua condenação. A “fase da negociação” é caracterizada pela tentativa de negociar o prazo da morte ou tentar revertê-la. Já a “fase da depressão” é uma etapa de