Sobre a facilidade de confundir intimidade com um cart o verde para o que h de pior em n s
Carol PatrocinioCarol Patrocinio
Agosto 17, 2015
Ah, como é gostoso ser íntima da pessoa com quem a gente se relaciona. A gente pode ser a gente mesma e a pessoa continua nos amando. Mas… será? O que significa ser a gente mesma? Qual é a armadilha em que essa segurança de amor incondicional nos joga?
Vamos seguir um exemplo e você pode adaptar a ideia para diversos momentos da sua vida a dois: você é estourada. Pessoas estouradas e ansiosas não são estouradas e ansiosas com quem elas não têm intimidade. Todo mundo sabe segurar a onda em público, fazer de conta que está tudo bem e colocar um sorriso no rosto, certo?
Mas aí você chega em casa, depois de ter segurado a onda o dia todinho no trabalho, aguentando um monte de problemas e pessoas que te deixam louca, e o que acontece? O amor da sua vida diz qualquer coisa besta, qualquer comentário que a incomode minimamente e o que você faz? Estoura.
Você age assim porque se sente em casa. Sente que ali você pode ser quem realmente é, sem essas máscaras sociais que nos prendem. Mas em algum momento você pensa nos motivos de usarmos máscaras sociais? É porque nem tudo o que é verdadeiro na gente é bom.
Estourar não é bom. Quando fazemos isso dizemos coisas que não gostamos, agredimos a pessoa que está ao nosso lado e que quer o nosso bem. Jogamos toda a nossa frustração na única pessoa que não tem nada a ver com o que foi o seu dia de trabalho. E ainda achamos que merecemos um abraço e um afago.
Você não gosta de tudo sobre a pessoa que ama. Ela também não gosta de tudo sobre você. E a gente mesma não gosta de tudo sobre a gente. Por isso temos que respirar fundo mais vezes e olhar para nós mesmas como olhamos para os outros: o que nos incomoda? O que escondemos do mundo “lá fora”? Por que fazemos isso? Devemos ser essa pessoa completamente verdadeira perto daqueles de quem somos íntimos ou é melhor segurar a onda e respirar fundo,