situação dos PCD no Brasil
Alguns números são assustadores e, vivendo isso na pele, como deficiente visual, pude sentir o que cada um de vocês sente todos os dias ao tentar estudar, trabalhar, se relacionar, se divertir, enfim, VIVER!
Na Cartilha do Censo 2010 Pessoas com Deficiência elaborada pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República – SDH/PR em 2012, o governo reconhece que “a deficiência é um tema de direitos humanos e como tal obedece ao princípio de que todo ser humano tem o direito de desfrutar de todas as condições necessárias para o desenvolvimento de seus talentos e aspirações, sem ser submetido a qualquer tipo de discriminação.” (Cartilha do Censo 2010, p. 6) Neste mesmo documento, reforça-se a necessidade de garantir a inclusão dos PcDs/PNEs na sociedade: “A Constituição Federal garante aos indivíduos o desenvolvimento pleno no aprendizado, no trabalho e no acesso aos direitos nela estabelecidos. A visão de direitos humanos é baseada na não discriminação e se sustenta em três pilares principais: igualdade de oportunidade, poder de decisão sobre a própria vida e segurança para exigir os direitos”. (Cartilha do Censo 2010, p. 26) Entretanto, não é isso que vemos e vivemos em nossa sociedade.
Segundo o Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), éramos 45,6 milhões de PcDs, o que correspondia a 23,90% da população, sendo 18,60% de deficientes visuais, 5,10% de deficientes auditivos, 7% de deficiência motora e 1,40% de deficiência intelectual. O número de PNEs ainda é desconhecido, mas vem crescendo com o aumento da expectativa de vida (idosos), além dos outros grupos que não são considerados como PcDs. Estima-se que, juntando PcDs e PNEs, eles correspondam a mais de 50 % da população espalhados por todo o território nacional. E ainda assim, são poucas as políticas públicas efetivas em nosso país.
Apesar de uma legislação abrangente, o desrespeito é enorme. Você com certeza já vivenciou ou pelo