Sistemas graciais
Uma geleira é um sistema aberto de gelo que flui. A água entra no sistema como neve, que é transformada em gelo pela compactação e recristalização. O gelo então flui através do sistema, sob a pressão de seu próprio peso, e deixa o sistema por ablação (evaporação, sublimação e fusão). O balanço entre a taxa de acumulação e a taxa de ablação determina o tamanho do sistema glacial. Onde existem geleiras, elas são os agentes mais efetivos de erosão, transporte e deposição. As geleiras tem grande capacidade e competência de transporte. Os solos resultantes de depósitos glaciais são muito férteis.
As geleiras ocorrem nas montanhas e nas regiões polares. Existem dois tipos de terrenos com geleiras. Geleira Alpina ou de montanhas e geleira continental que cobre grandes extensões. Também existem geleiras de piedmonte (ao pé de montanhas), que são um prolongamento das geleiras de montanhas.
A geleira de montanha ocorre acima das linhas de neve perene e a geleira continental cobre grande parte de um continente ou ilha, como são os casos da Antártida e da Groelândia, alcançando áreas com milhares de quilômetros quadrados. Elas atualmente cobrem 10 % da superfície da Terra. Geleiras imensas e extensivas cobriram um terço da superfície da Terra no Quaternário, tendo profundo efeito na paisagem e na nossa presente civilização. Mudanças climáticas durante as idades glaciais tiveram também impactos geológicos em áreas bem afastadas das regiões glaciadas. Por exemplo, as águas acumuladas nas geleiras reduziram o nível de oceanos e mares, provocando alterações mundiais nas taxas de deposição sedimentar e mudanças na natureza dos sedimentos.
Agassiz observando as geleiras dos Alpes suíços concluiu que feições deixadas por geleiras existiam também no norte da Europa e nas Ilhas Britânicas. Admitiu que existiria em tempos passados uma grande área coberta por gelo na Europa. Mais tarde, visitando a América do Norte, observou feições típicas da ação glacial,