Sistemas especialistas
Mônica Xavier Py Instituto de Informática Universidade Federal do Rio Grande do Sul Caixa Postal 15064 – 90501-970, Porto Alegre, RS mpy@inf.ufrgs.br
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Introdução
A Inteligência Artificial (IA) nasceu oficiamente em 1956, durante uma conferência de verão em Dartmouth College, nos Estados Unidos. Jonh McCarthy, Marvin Minsky, Nathaniel Rochester e Claude Shannon se reuniram com a intenção de realizar um estudo sobre o tópico “Inteligência Artificial”, que a partir de então ficou conhecida, gerando inclusive polêmicas. Os pesquisadores ficando impossibilitados de adotar uma definição formal precisa para IA, visto que seria necessário definir, a própria inteligência, propuseram algumas definições operacionais: “Inteligência Artificial é a parte da ciência da computação que compreende o projeto de sistemas computacionais que exibam características associadas, quando presentes no comportamento humano, à inteligência” (BARR; FEIGENBAUM, 1981). Existem duas linhas principais de pesquisa para a construção de sistemas inteligentes: a linha conexionista e a linha simbólica. A linha conexionista visa à modelagem da inteligência humana através da simulação dos componentes do cérebro, isto é, de seus neurônios, e de suas interligações. Esta proposta foi formalizada inicialmente em 1943, quando o neuropsicólogo McCulloch e o lógico Pitts propuseram um primeiro modelo matemático para um neurônio. A linha simbólica segue a tradição lógica e teve em McCarthy e Newell seus principais pesquisadores. Os princípios dessa linha de pesquisa são apresentados no artigo “Physical symbol systems” de Newell. O sucesso dos sistemas especialistas(“expert system”), a partir da década de setenta, 1
estabeleceu a manipulação simbólica de um grande número de fatos especializados sobre um domínio restrito como o paradigma corrente para a construção de sistemas inteligentes do tipo simbólico. Uma das metas na Inteligência Artificial é ter uma máquina que