Sistemas em tempo real
Sistemas de tempo-real críticos e Não-Críticos
Os STR são classificados, basicamente, em:
- Críticos (hard RTS - também chamados de rígidos)
- Não-Críticos (soft RTS - também chamados de moderados)
A severidade da pena pelo não cumprimento das tarefas num determinado intervalo de tempo é o fator que os distingüe.
O STR Crítico é aquele que tem um comportamento determinístico, ou seja, o prazo para execução de uma tarefa (deadline) não pode ser violado. Se o sistema de um freio ABS, por exemplo, falhar ou demorar demais para responder, uma pessoa poderá se machucar. Essa classe de STR tem que ser ultraconfiável, ou seja, o tempo médio entre falhas tem que ser maior que 10 elevado a 9 horas. Outros exemplos de STR Rígido são: o sistema embarcado de navegação de uma aeronave, o sistema embarcado de proteção de linhas de alta tensão. Em ambos os exemplos, se o sistema falhar, pessoas poderão se machucar.
O STR Não-Crítico é aquele que também tem o tempo como parâmetro fundamental, mas uma falha é aceitável. O sistema que funciona em um leitor de DVD não é crítico, pois o não cumprimento de uma tarefa em resposta e um evento em um determinado intervalo de tempo não provoca danos irreversíveis. Ao contrário dos sistemas críticos, esses sistemas normalmente trabalham com um grande volume de dados.
Em um STR rígido os cálculos efetuados pelo processador depois de findado o prazo da tarefa são pouco ou nada úteis; já nos STR moderados a utilidade dos dados lidos pelo processador e dos cálculos efetuados não é considerada nula depois do prazo da tarefa terminar
Os RTS rígidos são inflexíveis, pois o prazo da tarefa (deadline) não pode ser ultrapassado. Já os RTS moderados oferecem alguma flexibilidade no não cumprimento de prazos das tarefas que executam. Em um RTS moderado pode-se efetuar um cálculo estatístico, para obter o grau de validade e utilidade dos dados lidos depois do prazo da tarefa terminar.