Sistemas Eleitorais Brasileiros - Resumo

Existem dois tipos de sistemas eleitorais, o do escrutínio majoritário (sistema majoritário) e o da representação política (RP).
Considerando o princípio que orienta o sistema majoritário - quem tem mais votos ganha, este primeiramente parecerá o mais justo, ponto de vista bastante variável na prática. Tal sistema pode ser uninominal, voto em um nome por cargo único, ou por listas, vários nomes (ou órgão) para vários cargos, as chamadas chapas. Quando se fala nas chapas é necessário discerni-las entre abertas e fechadas, onde na primeira o eleitor pode escolher um candidato de cada chapa em cargos diferentes por listas abertas ou, em contraposição, escolher ou votar na chapa inteira ou em nenhuma, por meio das listas fechadas.
O sistema majoritário, entretanto, possui uma desvantagem marcante, posto que a minoria também precisa ser representada, e se agrava nos locais em que a maioria, em números, se aproxima da minoria. Essa situação pode evoluir para um contexto com grande parte da população frustrada ou mesmo revoltada.
Ainda nesse impasse há a possibilidade de uma pequena minoria governar a maioria, caso clássico das listas fechadas em que as chapas que sobram somam mais votos que a chapa vencedora. Pensar nas listas abertas, porém, não resolveria a situação: as áreas mais populosas seriam superrepresentadas e as menos populosas sub-representadas, ou mesmo não representadas. Uma solução encontrada por países como Inglaterra e Estados Unidos foi a criação de distritos organizados sob uma visão proporcional da população, neste caso o gravame se encontra na necessidade de vigilância constante no contingente populacional de cada distrito.
A possibilidade nas listas fechadas de que o partido com menos votos ganhe a eleição se encaixa perfeitamente no sistema distrital.
Tudo isso torna claro que mesmo quando a regra é “quem tem mais votos ganha”, muitas vezes quem ganha as eleições não é quem tem mais votos.
Além das variantes supracitadas do