Sistemas Cromáticos Teoria da Cor 2015
Entender a Física e a fisiologia da cor é uma coisa, usar a cor no trabalho de arte é outra. Para auxiliar a selecionar e combinar cores, construir paletas agradáveis e prever as interações cromáticas, você precisa de uma referência visual.
Para oferecer essa referência visual, foram elaborados vários sistemas cromáticos, incluindo círculos, triângulos e diagramas mais complexos.
A tentativa de formalizar as relações cromáticas data pelo menos de Aristóteles (384-322 a.C.), mas começou seriamente com Leonardo da Vinci (1452-1519) e progrediu de forma consistente do século XVII em diante. Quando Newton dispôs o espectro visível em torno de um círculo, conseguiu observar que a mistura de duas cores de direções opostas no círculo produzia uma cor neutra, ou “anônima”. Isso demonstrava o princípio dos complementos, que mais tarde se mostraria essencial para muitas técnicas cromáticas. Uma das características mais úteis de todos os círculos cromáticos é que as complementaridades e outras relações são imediatamente evidentes.
A maioria dos círculos cromáticos, como o de Newton, mostra apenas matizes puros, mas alguns acrescentam variações com luminosidade e/ou saturação diferentes. Para exibir todos os três aspectos simultaneamente, é necessário um diagrama tridimensional, o que torna tais sistemas difíceis de usar como referência. Nos programas de computação gráfica, um selecionador de cores geralmente exibe um espectro de matizes em uma graduação do claro ao escuro, com um controle deslizante para ajustar a saturação.
Outros sistemas cromáticos preocupam-se com a definição exata de como produzir cores específicas. Em 1952, o cientista alemão Alfred Hickethier (1901-1967) propôs um cubo de mil cores formadas por diferentes porcentagens de tintas de impressão. Sistemas desse tipo, entre eles o Trumatch e o Focoltone, oferecem uma paleta de cores que pode ser reproduzida em qualquer gráfica, embora o resultado seja igual apenas se as tintas e os