SISTEMA PETROLÍFERO
O conceito de sistemas petrolíferos engloba um espaço tridimensional onde as condições satisfatórias de geração, migração e acumulação coexistiram numa determinada época (Demaison & Huizinga, 1991; Magoon & Dow, 1994).
Sistemas petrolíferos em bacias intracratônicas, como a do Paraná, são alimentados e drenados lateralmente e apresentam baixa resistência à dispersão de fluidos (Demaison & Huizinga, 1991).
Em geral, somente as estruturas locais e os falhamentos que influenciam significativamente a migração de hidrocarbonetos podem alterar o sistema de alimentação e drenagem. No entanto, a atividade tectônica após a migração e os processos de armadilhamento dos hidrocarbonetos acaba por prejudicar a acumulação dos mesmos, afetando a integridade física dos selos, resultando na perda e dispersão dos fluidos e no desmantelamento de estruturas acumuladoras.
-FORMAÇÃO PONTA GROSSA (RIO ITARARÉ):
É constituído de folhetos cinzentos, micáceos, com laminas finas e localmente carbonosos; e por folhetos sílticos, com siltitos e arenitos de granulação muito fina subordinados. Na porção noroeste da bacia a formação exibe uma característica arenosa na porção basal, passando a argiloso rumo ao topo, com arenitos subordinados (Oliveira, 1991).
Na borda noroeste a formação é composta por arenitos granulometria fina, micáceos, finamente estratificados, de cor geralmente cinza-esverdeada a amarelada; intercalados por siltitos cinza-esverdeados e argilosos; e por folhelhos cinzas, micáceos, localmente sílticos, diz Del’Arco et al. (1982).
De acordo com Goulard & Jardim, 1982 e Zalán et. al 1990, os folhelhos da Formação Ponta Grossa possuem avançado nível de maturação termal em grande parte da bacia, com a exceção da porção leste. Este efeito termal associado com a concentração de intrusivas (ou à sua ausência) foi investigado pela delimitação de zonas anômalas de distribuição de espessuras acumuladas de soleiras de diabásio.