sistema de gestao ambiental
No processo de emulsificação ocorre a divisão de uma das fases em pequenas gotas, com conseqüente aumento da sua área superficial específica.
A energia cisalhante que é imposta aos fluidos durante as fases de sua produção, apesar de gerar a dispersão da água co-produzida na fase óleo, não é suficiente para estabilizar uma emulsão. Para que uma emulsão seja considerável estável, três condições devem ser satisfeitas:
◦ Existência de dois líquidos imiscíveis em contato;
◦ Agitação para misturá-los intimamente
◦ Existência de agentes emulsificantes
Sem a terceira condição, a existência de agentes emulsificantes, a dispersão apesar de formada tenderá à separação das fases puras, que é, termodinamicamente, a situação de menor energia do sistema constituídos por fluidos imiscíveis.
De forma geral, considera-se que a formação de emulsões de petróleo está diretamente associada à presença dos agentes emulsificantes. Estes compostos são constituídos por moléculas com regiões apolares e polares o que lhes confere um caráter anfifílico (hidrofílico e lipofílico), isto é, dupla afinidade, tanto pela água como pelo óleo.
Dessa maneira, quando as gotas de água são geradas, esses emulsificantes migram e alojam-se na superfície destas gotas, criando uma barreira
(película ou filme interfacial), que impede o contato entre as gotas, e portanto sua coalescência.
As resinas, os ácidos naftênicos e, principalmente, os asfaltenos são os emulsificantes naturais que mais se destacam na formação e na estabilização das emulsões de petróleo do tipo água em óleo.
Normalmente, quando se aumenta a quantidade de asfaltenos e de ácidos naftêncios, aumenta a estabilidade dessas emulsões. Petróleos mais pesados, de menor grau API, apresentam teores mais elevados destes compostos, que estão por sua vez concentrados nas frações mais pesadas do petróleo.
Natureza do petróleo (emulsificantes naturais)