Sistema de Ensino e Divisão do Trabalho

Texto 1: Sistema de Ensino e Divisão do Trabalho

Com o surgimento do capitalismo e o crescimento do comércio surge também a especialização ou divisão delimitada de funções e tarefas produtivas na produção industrial, fazendo com que o trabalhador adquirisse, com a tarefa repetitiva, uma celeridade maior no processo de produção, ocorrendo assim uma diminuição no tempo gasto, resultando dessa maneira em um aumento da produção em todo o período de trabalho.
Ainda que esse processo de produção venha aumentar a produtividade das fábricas, com ele surge também a alienação do trabalhador, ou seja, restringindo sua função na estrutura social, algo que seria útil para si e para outras pessoas. O que se percebe nesse processo é que o trabalhador conhece somente uma única etapa da produção, sendo que o ideal seria possuir funcionários dotados de capacidades distintas, favorecendo assim a flexibilização funcional.
A divisão do trabalho causa a alienação do trabalhador e ao mesmo tempo o desprepara para outras atividades que não sejam as que ele está acostumado fazer, não sendo necessário usar o raciocínio, isso faz com que desperte no trabalhador sentimentos de revolta e indignação contra o sistema capitalista.
Para os autores o ideal não seria formar trabalhadores que desempenhasse diversas tarefas e servisse ao desenvolvimento da grande indústria, mas sim que adquirisse conhecimentos sobre os procedimentos tecnológicos de toda a produção, defendendo assim uma educação politécnica, variando as possibilidades de funções.
Segundo os autores o trabalho é uma forma de sobrevivência, o individuo trabalha para viver, é o trabalho que dará a ele meios de subsistência
Com relação à educação, os autores afirmam que a extinção da divisão do trabalho está na sua própria dinâmica, já que a divisão do trabalho pressupõe especialização técnica e ampliação da educação da classe trabalhadora o que irá desenvolver a consciência de si e para si desta classe tornando-a cada vez mais