Sistema de ensino da Finlandia
É impossível não tomar como referência o sistema de ensino de um país cujas tradições democráticas devem ser um exemplo para todos os países europeus, e não só, e cujo nível de litrácea da população ascende, virtualmente, aos 100%.
Ainda que a sua organização formal se apresente muito similar à portuguesa, o grau de eficácia do sistema de ensino finlandês é bastante elevado, sendo que 56% da população acima dos 15 anos completam o ensino secundário.
Assim sendo, não é o aspecto formal do sistema de ensino finlandês que o torna um exemplo a este nível e que justifica o crescente número de estudantes estrangeiros que procuram as suas instituições. Que outras hipóteses então, senão as políticas educativas e o grau de comprometimento estatal para com a educação da população? O grau de eficácia do sistema educativo finlandês não pode ter senão a ver com o fato de estarmos a falar de um dos países com a taxa mais alta de dinheiros públicos investidos na educação (entre os países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento na Europa), com um grau de comprometimento relativamente à educação de adultos absolutamente notável, e com um investimento na internacionalização que em muito ultrapassa o português (os finlandeses têm neste momento cerca de 300 cursos lecionados em inglês).
Em traços gerais, o sistema educativo finlandês agrupa a escolaridade obrigatória, o ensino secundário geral e profissional, o ensino superior e a educação de adultos. A escolaridade obrigatória consiste num programa educacional de 9 anos para todas as crianças em idade escolar que tem o seu início aos sete anos. O ensino secundário está dividido entre as escolas secundárias gerais (três anos , que terminam com a realização de um exame) e as escolas profissionais (três anos, que conferem qualificações profissionais básicas).
Relativamente ao Ensino Superior, ele é neste momento, assegurado por 20 universidades e 33 institutos politécnicos. Atualmente, as escolas