Sistema de cotas

INTRODUÇÃO
No começo do século, eram poucas as universidades públicas que reservavam vagas para candidatos negros e/ou de baixa renda, tendo como destaque a Universidade de Brasília (UnB). Com o passar dos anos, mais e mais instituições públicas de ensino superior passaram a adotar a prática, até que praticamente todas passaram a usar. A medida que seria, inicialmente, provisória está se tornando definitiva, já que as universidades perceberam a letargia dos governos federais, estaduais e municipais em melhorar o ensino nas escolas públicas.
Sabe-se que o Brasil tem, constitucionalmente, o objetivo fundamental de construir uma sociedade livre, justa e solidária, assim como promover a redução das desigualdades, sem preconceito ou discriminação de qualquer forma, assim como afirma a nossa Constituição Federal. Mas para que o tutelado princípio igualdade seja efetivado, é necessário relativizar tal princípio, tratando os iguais de maneira igual e os diferentes de maneira diferente, na medida de suas desigualdades, para que a justiça prevaleça. Portanto, admite-se a utilização de ações afirmativas como uma medida de nivelar as disparidades existentes no país.
A partir dessas percepções, o presente trabalho tem como objetivo central elucidar sobre um tipo de ação afirmativa: o sistema de cotas. Partindo de uma explanação sobre cotas sociais e cotas raciais; uma análise da adoção desse sistema como uma política que beneficiaria os alunos que sofrem com a má qualidade da educação, assim como uma avaliação das cotas raciais como uma eficaz política para concretizar a integração do negro na sociedade. Possui, também, como objetivo alertar a parcial e não duradoura eficácia dessa política na solução do problema principal: a má qualidade da educação no Brasil e o ensino superior excludente.
Como procedimento metodológico para a realização deste estudo foi feito pesquisa bibliográfica com abordagem qualitativa e abordagens de outros subtemas – de acordo com dados