Sistema de cotas
Foi implantado, a partir do 2º Vestibular de 2004 da Universidade de Brasília o sistema de cotas para negors, que reserva 20% das vagas de todos os cursos para candidatos negros. Na época da criação do sistema e até hoje, muito se ouve falar sobre inclusão racial em um país como o nosso, onde os negros não têm vez.
Porém, quase 4 anos depois da implantação do sistema, este se mostrou falho e ineficaz em vários aspectos. Primeiramente o método de classificação do candidato em negro ou não. Depois de um episódio em que dois irmãos gêmeos tiveram classificações distintas (um branco e um negro) a própria Universidade resolveu alterar o critério de classificação. Antes, o candidato ao sistema de cotas era fotografado e uma banca examinadora avaliava se ele era ou não negro. Agora, ao invés de fotos, os candidatos deverão comparecer a uma entrevista em até 15 dias após a realização das provas objetivas. Mesmo assim, o critério ainda parece muio pouco científico e tende a ser muito subjetivo.
Em segundo lugar, a criação das cotas pode gerar uma exclusão ainda maior para aqueles que não tiveram condições de frequentar uma boa escola e tem a pele clara. O jornal Campus em sua edição nº 325 apresentou a matéria “Cotas para quê?” onde a manutenção das cotas é defendida, inclusive com a manifestação de dois especialistas favoravelmente ao sistema. Mas no mesmo artigo, pode-se notar que a tão sonhada inclusão passa muito longe de ser alcançada com o modelo vigente.
No sexto parágrafo do texto, são apresentados dados do Ipea (Instituto de Pesquisas econômicas Aplicadas) que afirmam que entre os 15 milhões de analfabetos do país, 10 milhões são negros. Além disso, da população total, 53% dos pobres são negros. Pela ótica do jornal, ao que parece, os 5 milhões de pessoas analfabetas e não-negras do país não merecem atenção, nem os 47% da população pobre que não é negra. O jornal ainda afirma: “Seja classe ou seja cor, os números nos permitem ver