Sistema carcerário brasileiro
Em 2012, estudo mais recente sobre a população carcerária, havia, aproximadamente, 550 mil detentos no Sistema Penitenciário Nacional, Estaduais e nas delegacias de polícia. Sendo que, o número de presos provisórios é elevadíssimo, 42,97%, dificultando a correção no sistema carcerário. É válido ressaltar que o número de presos cresce 13,4% ao ano, no Brasil.
A disparidade dos gastos entre um aluno do ensino superior em comparação a de um preso do presídio federal é dantesca. Enquanto o país investe apenas 15 mil reais por ano para formar cientistas, médicos, engenheiros, o gasto com um detento de um presídio federal é de 40 mil reais ao ano, o triplo em comparação ao do aluno.
Essa demasiada diferença continua com os presos do sistema estadual, onde está a maior parte da população carcerária, e os alunos do ensino médio. O aluno do ensino médio recebe o investimento de 2,3 mil reais ao ano, enquanto o Estado arca com o prejuízo de 21 mil reais ao ano com os detentos do mesmo. A discrepância é de, aproximadamente, nove vezes a mais com um detento.
O jornal Gazeta do Povo também fez comparação semelhante: comparou o custo de um preso nas penitenciárias estaduais do Paraná e o salário de funcionários pagos pelo governo do estado. O custo médio mensal de um preso em regime fechado é de 1.887,80 reais enquanto o salário pago a um professor com licenciatura plena é de R$ 1.044,94 e o de um policial de 2ª classe R$ 1.463,00.
Apesar de todo o investimento e gastos do cofre público, a ineficiência do sistema carcerário brasileiro é perceptível. Segundo especialistas, o número de reincidência criminal é de 87%. Além da superlotação dos presídios em todos os Estados, não há separação de presos condenados e provisórios, falta assistência jurídica, ocupação para os presos, educação e capacitação profissional e pessoas que continuam presas após o cumprimento das penas.
A superlotação é um dos problemas mais graves, existe cerca de 288 presos para