sinusite
Brasília
Abril 2014
Sinusite fúngica alérgica
Sinusite fúngica alérgica é uma modalidade de sinusite fúngica reconhecida há aproximadamente 20 anos. Os critérios diagnósticos ainda não estão bem definidos e muitas dúvidas existem com relação à sua fisiopatogenia e tratamento. Com o intuito de rever os mais modernos conceitos desta nova entidade clínica, foi realizada uma pesquisa utlilizando como fontes de referências bibliográficas o Medline e o Lilacs, abrangendo os últimos 20 anos. A sinusite fúngica alérgica vem sendo reconhecida como uma importante causa de rinossinusite crônica e a integração entre otorrinolaringologistas, imunologistas e patologistas faz-se necessária para seu manuseio adequado.
INTRODUÇÃO
Sinusite é afecção relativamente comum, afetando aproximadamente 20% da população1,2. A sinusite fúngica (SF), entretanto, deve ser considerada em todos os pacientes com rinossinusite (aguda ou crônica) que falham aos vários cursos de antibioticoterapia utilizados.
Segundo Cody et al.3, 10 a 20% dos pacientes com rinossinusite crônica (RC) que são submetidos a cirurgia têm o fungo como o principal agente causador.
Os fungos são os principais aeroalérgenos em muitas áreas. Em alguns locais, por exemplo, os esporos são centenas de vezes mais freqüentes no ar inalado do que o pólen4. Os mecanismos de defesa do hospedeiro contra os fungos ainda não estão bem elucidados, mas a fisiopatogenia da SF provavelmente envolve uma aeração comprometida do seio e/ou resposta imune alterada contra o fungo4.
A classificação mais aceita atualmente, divide as SF em: aguda/fulminante; crônica/indolente; bola fúngica e sinusite fúngica alérgica (SFA)1,2,3.
DeShazo et al.4 citaram ainda um quinto tipo, denominado sinusite fúngica invasiva crônica, que prevalece em indivíduos imunocomprometidos e com diabetes mellitus. Essa classificação baseia-se na presença ou não de invasão tecidual, assim como o estado imune do paciente. A