Sintese Antonio Chizzotti
Síntese da Parte I, itens 1, 1.1, 1.2 e 1.3 do livro “Pesquisa qualitativa em ciências humanas e sociais” de Antonio Chizzotti1
Por:
Thiago Trindade Oliveira2
1 – A PESQUISA EM CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS
De acordo com Antonio Chizzotti (2006), pesquisa é a junção de várias observações e ponderações e consequente apreciação de determinado assunto a fim de se obter um resultado útil a coletividade. A pesquisa não é fruto de apenas um ser inteligente, antes é um produto histórico e social, amparada em princípios filosóficos e, que a partir do iluminismo no século XVI, adquiriu liberdade da investigação. O pesquisador precisa definir os métodos e artifícios que utilizará em seu trabalho, bem como suas estratégias, para que a investigação se conduza de forma estruturada e clara, e sejam obtidas as informações pretendidas.
1.1 - Paradigmas, tradições, modelos, programas ou posturas
Para Chizzotti, paradigmas são descobertas científicas que, por gozarem de reconhecimento universal, se tornam modelos de problemas e resoluções para os acadêmicos daquela área de conhecimento. O paradigma é capaz de criar tradições particulares e tendências de pesquisa porque é fruto de um trabalho científico real, pautado em leis, teorias, aplicações e experimentos.
As realizações científicas passadas constituem, segundo Kuhn (1977), a “ciência normal”: resultados já obtidos pela comunidade científica e que balizam as novas produções na área. Os pesquisadores partem de algumas hipóteses já existentes, procurando não contrapor teorias, antes intentam apresentar teorias originais. Kuhn defende que é assim que evolui: um paradigma, a “ciência normal” e as tradições entram em crise, e, através da investigação, outros padrões científicos são criados, testados e reconhecidos, dando origem a novos paradigmas. Chizzotti destaca a existência de divergências interpretativas do conceito de