sintaxe
Este trabalho tem por finalidade analisar como operam as regras transformacionais em orações simples do Português, a partir do postulado da existência de estruturas profundas, estruturas básicas, mais abstratas e de estruturas superficiais, mais concretas, resultantes das primeiras.
INTRODUÇÃO
Como afirma Souza e Silva, em seu livro “Lingüística aplicada ao Português: sintaxe” :
“As estruturas superficiais correspondem mais de perto à forma física de realização concreta da oração e determinam sua interpretação fonológica, enquanto as estruturas profundas, em numero limitado, correspondem às representações em ordem direta das relações fundamentais entre os constituintes da oração e são responsáveis pela sua interpretação semântica” (SOUZA e SILVA, 1998, p. 37).
Os enunciados são construídos a partir de elementos lingüísticos, relativamente restritos, estruturados de acordo com um numero finito formando uma preposição ou oração. O locutor acrescenta àquilo, diz indicações sobre o modo ou a força com que o diz, isto é a sua atitude proposicional.
A estrutura profunda de uma frase corresponde à oração acrescida dos principais “modos de dizer”, ou seja, os tipos de frase.
Não pode existir frase na língua, que não contenha um tipo obrigatório, senão tratar-se-ia de uma simples seqüência de palavras, que nem sempre teriam algum significado.
São tipos obrigatórios: o declarativo, o interrogativo, o imperativo e o exclamativo. Existem também os tipos facultativos, o passivo e o enfático, que vem necessariamente combinados com um tipo obrigatório.
Para exemplificar:
João estuda? Interrogativo + João estuda
João estuda. Declarativo + João estuda
Acrescenta-se a preposição organizada, um dos tipos obrigatórios e um dos tipos facultativos, opcionalmente, que vão operar também os mecanismos de seleção e de combinação, obtendo-se uma frase da língua.
O tipo revela a intenção comunicativa do locutor: pergunta, exclamação, declaração etc.
Cada um dos tipos