Sindrome de hett
Doença monogenética
A síndrome de Rett é uma doença monogenética dominante ligada ao cromossômo X, onde ocorre uma mutação no gene MECP2. Ela pode ocorrer em qualquer grupo étnico, com predominância no sexo feminino, no sexo masculino ela é geralmente letal. Na maioria dos casos (99,5%), não há antecedentes familiares. Ela se manifesta por volta dos 18 meses de idade e tem como característica uma desaceleração nas medidas do perímetro cefálico, hipotonia, parada na aquisição motora incluindo a fala, desinteresse pelo ambiente que a rodeia, sendo confundida com o autismo, movimentos estereotipados das mãos, ex. movimentos de enxugar, deficiência mental severa a profunda, entre outras. Existem duas formas de acordo com o seu desenvolvimento, a forma “clássica”, onde o desenvolvimento da doença é “normal”, e a forma “atípica”, onde o desenvolvimento dos sintomas se faz de forma precoce ou mais tardio, manifestações clínicas incompletas ou mais atenuadas e sintomas iniciais diferentes.
A síndrome de Rett é um distúrbio ligado ao cromossomo X cujo locus fica no braço longo (Xq28). O gene MECP2 possui 4 exons, onde os exons 1, 3 e 4 codificam a proteína MeCP2 a qual é predominantemente expressa no cérebro. Sabe-se que a maioria das mutações está localizada nos exons 3 e 4, que podem ser trocas de aminoácidos, deleções, inserções ou duplicações que modificam a leitura do RNA mensageiro gerando uma proteína mutante. Como a proteína possui diferentes sítios, essas mutações juntamente com o sítio em que ela se ligou, geram diferentes fenótipos da síndrome.
O diagnóstico da síndrome de Rett é realizado através da análise clínica do paciente já que o desenvolvimento inicial das crianças é normal, só vindo a aparecer os sintomas por volta do 18º mês de vida. O diagnóstico molecular também pode ser aplicado para verificação da alteração molecular, sendo mais utilizado para determinar as formas “atípicas” e para pesquisa de casos familiares, sendo