Sindrome de down
O objectivo deste trabalho é analisar a concepção das professoras sobre a importância da linguagem verbal para o processo de interacção social na sala de aula com os alunos que têm síndrome de Down. O foco teórico parte da concepção de Vygotsky sobre pensamento e linguagem, para quem a estruturação do pensamento é resultado das interacções sociais, nas quais a linguagem engloba os planos semântico e fonético. Nesse caso, a criança com síndrome de Down compreende satisfatoriamente as unidades semânticas da palavra, mesmo não as expressando verbalmente. Fizeram parte desta pesquisa uma mãe com um filho com síndrome de Down da rede escolar de ensino pré-escolar. As informações foram obtidas inicialmente através de uma entrevista à mãe. Posteriormente será feito um roteiro de entrevistas com a professora e transcrito cuidadosamente para uma caderneta de anotações reservada para cada participante. Os resultados alcançados mostram-nos que os pais consideram que alguns professores não interagem com as crianças com síndrome de Down porque não acreditam nas capacidades de aprendizagem das mesmas, em função da ausência da linguagem expressiva. Logo, não têm ocorrido mediação e construção do conhecimento científico, permanecendo, assim, a fragilidade quanto ao desenvolvimento cognitivo e linguístico das crianças com síndrome de Down dentro do espaço escolar. O João[1] está a frequentar um Jardim-de-Infância privado. Está a ser acompanhado pelo PIIP-EID (Projecto Integrado de Intervenção Precoce e Funções da Equipa de Intervenção Directa). O João teve a sua primeira avaliação em 2007, aos 10 meses de idade. Segundo a mãe, está bem acompanhado, seguido em consultas de desenvolvimento, cardiologia, neurologia, ORL e oftalmologia. É uma criança que apresenta um perfil de desenvolvimento heterogéneo, entre os seis e os dez meses de idade, com oscilações nas áreas de competência avaliadas. Todas as áreas apresentam valores