sindrome da hipertensao intracraniana
da
Hipertensão Intracraniana
Trata-se de uma condição frequentemente encontrada na atividade médica, especialmente aquela praticada em pronto socorro e terapia intensiva. É necessário, portanto que o médico esteja habilitado para reconhecer e manejar esta situação, pois ela envolve grave risco de seqüelas e pode levar à morte.
O conteúdo intracraniano é formado pelos seguintes elementos:
Cérebro
Sangue
Líquor
( 80% )
( 10% )
( 10% )
A pressão intracraniana (PIC) portanto, é conceituada como a pressão resultante do equilíbrio destes componentes, tendo em vista que eles estão contidos em uma estrutura inelástica que é o crânio.
À PIC normal varia de:
• 10 à 15 mmHg ou
• 136 à 204 mmH2O
Qualquer alteração que aumente este volume intracraniano provocará mecanismos compensatórios de diminuição dos volumes sangüíneo venoso e liquórico, para que o equilíbrio seja preservado e com isto à pressão intracraniana seja mantida constante.
Este mecanismo é explicado pela teoria de Monro-Kellie.
Naturalmente que este mecanismo tampão tem um limite, que quando atingido, pequenas alterações no volume provocam grandes aumentos na pressão. Este potencial de acomodação provisório da pressão intracraniana é denominado de complacência, e pode ser demonstrado pela curva de pressão-volume de Langfitt.
Curva
pressão-volume
Pôr outro lado, para que o cérebro funcione de maneira normal, é necessário que ele receba um fluxo sangüíneo médio de cerca de 54 ml / 100 gr. de tecido nervoso / min..
Este fluxo sangüíneo cerebral (FSC) é mantido pela pressão arterial média (PMA). Entretanto, a circulação cerebral possui um mecanismo adicional de autoregulação do tônus vascular, induzindo a uma vasodilatação ou uma vasoconstrição, conforme a pressão arterial varie para menos ou para mais, dentro de um limite de 50 - 140 mmHg.
Ultrapassado estes limites instala-se progressivamente uma vasoplegia paralítica. Esta autoregulação é exercida por mecanismos neurais e principalmente