Sincretismo Religioso
O sincretismo religioso está inserido em nossa cultura desde a chegada dos primeiros escravos trazidos da África. A catequese, que tinha sido destinada a propagação da fé católica no povo indígena, passa então a ser levada aos negros-escravos. É na fase do Brasil - Colônia (1500-1822), que várias culturas africanas atravessam o atlântico e chegam ao Brasil. Constam em algumas literaturas que há na África vários modelos de cultos religiosos dedicados aos orixás. Dentro desses, a cultura Iorubá consegue destaque pela quantidade de nigerianos que foram trazidos para o Brasil, bem como pelo rigor e disciplina que os iorubanos exerciam na defesa e prática dos seus costumes religiosos. Muitos dos líderes das diversas tribos africanas, capturados na África e trazidos para o Brasil, passam a conviver em senzalas que abrigam negros de outras manifestações religiosas. Segue-se daí que todas essas manifestações estão relacionadas com o culto de veneração aos Ancestrais. Ademais, a mistura de povos africanos faz com que a tradição religiosa sofra transformações e até mesmo mudanças nos rituais e sacramentos.
Evangelização E Inquisição
Um dos objetivos mais importantes da colonização portuguesa era a expansão da fé católica. Aliança entre o Estado e a Igreja, defesa de interesses comuns, colonização das terras americanas e evangelização de africanos e indígenas. Por isso, o projeto de catequização do indígena esteve presente nas intenções portuguesas desde a carta de Pero Vaz de Caminha.
A partir da Reforma Protestante (1517), a Igreja Católica reativou o Tribunal do Santo Ofício criado para combater as heresias. Depois da Reforma, também assumiu a tarefa de impedir o avanço do protestantismo.
O Tribunal não foi instalado no Brasil, mas promoveu visitas esporádicas e perseguiu principalmente os chamados cristãos-novos e os judeus. A denúncia era prática comum entre os cristãos , o acusado era julgado e podia ser condenado à morte. As punições variavam: