Simón bolívar

1485 palavras 6 páginas
BAÚ DE ESCRITOS: “AMÉRICA”

Simón Bolívar: a ação
Aproveitando-se da deposição do rei Ferdinando VII pelos franceses, ele e mais um grupo de “criollos” proclamaram em Caracas a independência da Venezuela

Simón Bolívar é o autêntico latino-americano. Por isso ele merece uma lembrança que dê ênfase à sua ação ao seu pensamento. Com efeito, a busca da filosofia de vida de Bolívar é importante para entender a presente situação latino-americana. Existe um pequeno livro impresso talvez, uns 50 anos atrás, pela Casa Editora Vecchi Ltda. do Rio de Janeiro. É um pequeno livro de bolso de apenas 124 páginas amareladas que encontrei certa vez em um sebo. O livreto é dividido em duas partes: a primeira contém os feitos militares e políticos, juntamente com dezenas de pensamentos e máximas; a segunda parte contém oito pronunciamentos: 1º, O Manifesto de Cartagena (15/12/1812); 2º, a Carta de Jamaica (6/9/1815); 3º, o discurso perante o Congresso de Angustura (15/2/1819); 4º, uma série de anotações sobre o congresso do Panamá; 5º, a carta convite para o Congresso de Panamá de 1826; 6º, o discurso perante o Congresso Constituinte da Bolívia (25/5/1826); 7º, a mensagem à Convenção o Ocanã (29/2/1828); 8º, mensagem ao Congresso Constituinte da Colômbia (20/1/1830). As ações militares são acompanhadas pelos pronunciamentos políticos que se propõe repensar a realidade sul-americana a partir de uma análise da mesma. São esses documentos que nos permitem entender a filosofia política de Bolívar. Simón Bolívar nasceu aos 24 de Julho de 1783 em Caracas, na Venezuela, de família de origem espanhola. Por isso ele nunca foi considerado um “peninsular” e sim um “criollo” (como expliquei em artigos passados). Ao ser batizado, foi presenteado com uma fazenda que lhe dava 20 mil pesos de renda anual. Aos 3 anos de idade ficou órfão de pai e, aos 9 anos de mãe. Seu tio, o marquês dom Feliciano Pacio y Soio, tornou-se subtenente milícias do Vale de Arágua. Com 17 anos foi enviado à

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