Metodo histórico-comparativo
O Método Histórico-Comparativo é aplicável a casos de grupos de línguas genealogicamente afins. Dados colhidos nas línguas com a mesma origem são comparados entre si para lhes encontrar a forma originaria, determinar os metaplasmos ocorridos, verificar-lhes o significado, a formação de novos campos semânticos, o motivo ou os motivos de tais formações, e inúmeras questões semelhantes.
Entretanto, o levantamento e a comparação das formas correspondentes nas outras línguas e dialetos românticos mostram que não foi esse processo, embora foneticamente possível, que originou o termo português. Desse modo, a forma portuguesa seria um fato isolado e incomum, chegando a uma forma convergente por um caminho possível, mas de fato não trilhado, já que as formas correspondentes nas outras línguas e dialetos românticos do mesmo étimo invalidam essa derivação.
Essas considerações, segundo o método histórico-comparativo, permitem concluir que daxare era uma variante popular, por influencia sabina, de laxare; essa forma popular, porem, só conseguiu suplantar a outra e fixar, na faixa ocidental oeste da Romania, isto e, parte da Provença, Iberia e Sicilia, essa variante como única, arcaizando a outra.
O Método histórico-comparativo tem sido particularmente útil na reconstituição do léxico do latim vulgar. Principal fonte léxica das línguas românicas, o latim vulgar certamente nunca terá seu tesouro vocabular totalmente documentado, tendo-se perdido muitos termos usuais e correntes. Contudo, partindo-se de dados fornecidos pelas línguas românicas, pode-se postular com segurança a existência dos vocábulos-fontes correspondentes no latim vulgar, ainda que não documentados, mas que podem ou não ser documentados posteriormente.
O Método histórico-comparativo, porem, não obteve os mesmos resultados satisfatórios em todos os níveis da linguagem. Na fonética, na morfologia, no léxico e questões afins o método revelou-se profícuo. Sua aplicação a sintaxe