Simulação de reestruturação organizacional
Ao criarem mapas, os cartógrafos têm de enfrentar o desafio de representar a Terra, que é esférica, em uma superfície plana. Para se ter uma idéia da dificuldade de fazer essa transposição - que está sujeita a várias distorções -, no decorrer dos anos surgiram mais de 200 tipos de projeções cartográficas. As três projeções mais conhecidas são a cilíndrica, a cônica e a azimutal.
Projeção cilíndrica
Esta representação é obtida com a projeção da superfície terrestre, com os paralelos e os meridianos, sobre um cilindro em que o mapa será desenhado. Ao ser desenrolado, apresentará sobre uma superfície plana todas as informações que para ele foram transferidas. Esse tipo de projeção representa com menos distorções as baixas latitudes.
Nem todas as projeções cilíndricas são iguais. A projeção cilíndrica conforme conserva a forma dos continentes, direções e ângulos, mas altera a proporção das superfícies, como é o caso da primeira projeção elaborada por Mercator. O ponto forte da projeção de Mercator é a precisão nas distâncias, sendo usada até hoje. Ocorre que esse modelo privilegia as formas dos continentes, mas distorce as áreas. E essa distorção, que cresce conforme aumenta a latitude, acaba resultando em grandes deformações: a Groenlândia, por exemplo, que tem cerca de 2,8 milhões e quilômetros quadrados, aparece no mapa com quase o mesmo tamanho da África, com seus mais de 30 milhões de quilômetros quadrados. Ao acusar a projeção de Mercator de ser um instrumento dos países ricos, ao norte, para colonizar as nações menos desenvolvidas, ao sul, o alemão Arno Peters apresentou, em 1973, seu modelo de projeção cartográfica. Peters optou pela proporção entre as áreas, chegando a uma representação em que os países ao sul ganham mais destaque. Resultado? Estava instalada a polêmica, com debates que perduram até hoje entre os partidários da cada modelo.
[pic]Projeção