1) Em “Metrópole e Vida Mental”, Georg Simmel fiscute as características da cidade moderna e o efeito de suas forças externas nas pessoas. Segundo o autor, “o século XVIII conclamou o homem a que se libertasse de todas suas dependências históricas quanto ao Estado, à religião, à moral e à economia” – a emancipação do homem. Assim sendo, a modernidade instala-se à medida que dissolve diversos valores presentes tradicionalmente. Essa tradiçãoo fica evidente no texto de Drummond “Cidadezinha Qualquer” e no filme Kurosowa “Povoado dos Moinhos”. Nesses contextos, o passado existe enquanto força motriz constituinte do presente, dada a que a noção de tempo é linear e acumulativa. A experiência própria é um produto ligado indissociavelmente à experiência coletiva; conhecimentos e sabedorias com cunhos práticos são transmitidos oral e socialmente, entre pessoas e gerações. A ação humana, nesse caso, possui caráter linear , reflexivo e emotivo na cidade da tradição. Entretanto, Simmel defende que a modernidade abala os alicerces da tradição, intensificando os estímulos nervosos e modificando não somente o homem e sua vivencia social, mas também suas noções de espaço e tempo. Se na tradição o espaço configura-se na horizontalidade, a urbanização da metrópole ergue prédios que verticalizam o espaço da modernidade, o que está intimamente ligado à ação de caráter descontinuo, fragmentado e simultâneo do homem moderno explorado no texto. O tempo presente na metrópole é estimulado e constituído a partir da ideia do futuro, movido através de um pensamento utópico e ideal. Finalmente, o texto elabora que o individualismo e a impessoalidade são características marcantes das relações sociais , agora lastreado pelo monetário nessa metrópole onde o capital encontra-se concentrado. O homem moderno adquire uma atitude “blazé”, segundo o autor, pois, protegido e guiado pelo intelecto e sua mentalidade da metrópole, é incapaz de se comover. O conhecimento na cidade moderna está