Simbologia do Palácio de Versalhes
Em 1623, Luís XIII decidiu construir um modesto pavilhão de caça em Versalhes, situado 18 km a sudoeste da capital, Paris. Nesse ano inicia-se, assim, a história do grandioso Palácio de Versalhes.
Com apenas nove anos, o filho de Luís XIII, o futuro Luís XIV o Rei Sol, havia desenvolvido um grande ódio por Paris e pela população parisiense e, consequentemente, em 1648, um grande número de pessoas assaltou a sua casa, no Palácio de Louvre. O povo fê-lo refém e privou-o de inúmeros luxos que até aí possuía. Um ano mais tarde, quando a paz foi restaurada, Luís XIV voltou a estar em liberdade, mas nunca esqueceu este período da sua vida, apesar de ainda ser jovem. Aliás, se o pequeno jovem não suportava a população de Paris, então agora é que estava mesmo revoltado, apelidando-os de “ralé parisiense”.
Assim sendo, no início da década de 1660, mudou-se de Paris para Versalhes com um único objectivo: transformar o pavilhão de caça do seu pai num majestoso palácio, o centro do seu mundo, a mais magnífica residência real da Europa, e tudo tinha que reflectir a sua glória. Para além disso, Luís XIV pretendia construir um local apropriado para poder organizar e controlar por completo o Governo da França, sendo que o Palácio de Versalhes é não só conhecido pela sua magnificência, mas também por ser um símbolo da Monarquia Absoluta, sustentada pelo próprio, o Rei Sol.
Para concretizar o seu objectivo, contratou três dos melhores talentos franceses: Louis Le Vau, arquiteto, André Le Nôtre, arquiteto paisagista, e Charles Le Brun, decorador. Louis Le Vau era o arquiteto oficial do rei e este foi escolhido para iniciar a transformação do pavilhão já existente, tendo reunido centenas de trabalhadores para começar a construir um enorme palácio com uma fachada de 415 metros à volta do mesmo. Outros 30 000 começaram a nivelar o terreno onde o palácio ia ser erguido, com o intuito de impedir um ribeiro vizinho e bombear água do rio Sena, criando, assim,